Novidades da vida pós-carnaval
Olá, olá!
Dia quente hoje. Estou digitando o mais suave que posso para não acordar a Lana e a Clarice. Esse é aquele e-mail que você recebe de mim de vez em quando (tenho tentado que não passe de uma vez por mês) e eu decidi tentar uma coisa diferente.
Ah, é sempre bom lembrar, se você não quer mais receber estes e-mails, basta clicar aqui (mas eu espero que você me dê uma chance e leia esse texto até o final).
Antes de sair me promovendo, como sempre, posso indicar algumas coisas?
Homem de Um Murro Só
Nos últimos tempos fiz algumas tentativas de conciliação com o mundo dos animês, os desenhos animados japoneses. Infelizmente nada que haviam me indicado conseguiu prender minha atenção como Cowboy Bebop e Fullmetal Alchemist já haviam feito. Minhas últimas experiências começaram bem, mas em algum momento fui vencido pelo cansaço e por um montanha de clichês (Death Note e Sword Art Online, estou falando com vocês). Mas minha curiosidade fez com que eu desse uma chance a um tal de One-Punch Man. A primeira vista parece um (violento) animê de ação, mas no fundo é uma grande paródia deste gênero (e um pouco do gênero de super-herói). A premissa é a seguinte: existe um herói e ele só precisa de um soco pra vencer qualquer inimigo. Fim.
Acompanhar um herói invencível poderia ser chato, mas seu criador, o mangaká conhecido apenas como ONE, consegue explorar todos os clichês do gênero de uma forma divertidíssima. Mas mais legal é a história por trás do animê, que começou como uma webcomic tosquinha (sério, olha o primeiro capítulo aqui), fez um sucesso absurdo na internet e ganhou um remake com a arte mais refinada por outro japonês, Yusuke Murata. O visual de Murata é o que o animê usa como base, mas em vários momentos cômicos temos vislumbres do estilo único (e quase primitivo) de ONE, que precisou "apenas" de uma boa história para conquistar o mundo com seu personagem sem noção. Enfim, deixo esta recomendação pra vocês. A editora Panini, que não é boba, lança o mangá no Brasil este ano. E eu já garanti a assinatura.
Transparecendo
Ok, talvez animê não seja a sua praia. Posso fazer uma segunda tentativa? Nesses dias terminei de ver a primeira temporada de Transparent, uma série original da Amazon. A empresa, mais conhecida como loja de livros, também tem investido em conteúdo de qualidade pra tevê (a exemplo da Netflix). Criada por Jill Soloway, a série inicia quando Mort, um senhor divorciado e pai de três filhos, decide se tornar Maura. Com um formato que eu não havia experimentado ainda, uma dramédia contada em 10 episódios de menos de meia hora cada, o seriado me fisgou rápido. Num estilo de roteiro, direção e edição muito semelhante ao dos filmes do Noah Baumbach (assista A lula e a baleia e se apaixone), cada episódio é uma pequena preciosidade. É também uma oportunidade pra quem quer conhecer um pouco mais sobre sobre transexualidade, sem muitos didatismos. É uma das melhores coisas que assisti na atualidade, uma produção linda em cada detalhe, das atuações até a sacada brilhante do título da série (transparent é transparente em português, o que faz alusão aos segredos de família explorados na série, mas também pode ser lido como trans-parent, ou "pai/mãe trans"). A série levou alguns Globos de Ouro e já teve a segunda temporada lançada (que ainda não comecei a ver). Meus amigos do Iradex falaram sobre ela num podcast que eu recomendo.
E é isso. Já viu One-Punch Man ou Transparent? Responde o e-mail pra gente conversar a respeito. Quer me indicar algo parecido? Aceito. :)
Ah, tudo que leio estou colocando nos meus perfis no Skoob (também no perfil pessoal) e Goodreads e o que assisto está indo pro Filmow. Cliquem nos links e me adicionem por lá.
Você pode também deixar um comentário sobre esse texto no meu blog ou no meu Facebook no post sobre ele.
Bem rapidinho
Participei de um episódio do podcast Caixa de Histórias onde pude falar um pouco sobre um dos meus escritores favoritos, Rubem Fonseca. Ficou muito legal, com destaque para a leitura do conto Passeio Noturno - Parte 1 na voz do Paulo Carvalho (arrepiei).
Participei da edição 15 da revista Café Espacial e fui surpreendido com a notícia que esta edição tinha sido indicada num prêmio em Angoulême, principal premiação de quadrinhos da Europa.
Saiu uma resenha muito legal da minha HQ Steampunk Ladies no site Multiverso X.
O jornal Diário do Nordeste publicou uma matéria bacana sobre Steampunk Ladies.
Queria, antes de finalizar este e-mail, agradecer a todos que votaram em Steampunk Ladies para o Troféu Ângelo Agostini. A campanha deu muito certo e o desenhista da HQ, Di Amorim, levou a premiação na categoria melhor desenhista. Amo vocês, viu?
Lembrando que a HQ está disponível no site oficial da Editora Draco com frete grátis para todo Brasil. Para quem é assinante do Social Comics, basta clicar aqui pra ler.
Um abraço,
Zé Wellington
www.zewellington.com